O deputado italiano Angelo Bonelli, do partido Europa Verde, enviou nesta quarta-feira (4) uma interpelação oficial aos ministros dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação Internacional da Itália. Bonelli solicitou “medidas urgentes” para impedir que o governo conceda refúgio à deputada brasileira Carla Zambelli.
Condenação leva Zambelli a deixar o Brasil
A deputada deixou o Brasil após a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condená-la por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal. Os crimes ocorreram na véspera do segundo turno das eleições presidenciais de 2022. Com a sentença, Zambelli ou a ser alvo de debates políticos e jurídicos, o que motivou sua saída do país.
Pressão internacional contra acolhimento
Bonelli defendeu que a concessão de refúgio à parlamentar comprometeria a imagem internacional da Itália e violaria princípios democráticos. Ele ressaltou a necessidade de rigor na análise de pedidos de asilo político, destacando que proteger figuras condenadas mina a credibilidade institucional italiana.
Além disso, o deputado afirmou que a Itália não pode se tornar um refúgio para políticos condenados em seus países de origem, alertando que isso abriria precedentes perigosos e enfraqueceria os esforços globais de combate à impunidade. Para Bonelli, aceitar pedidos dessa natureza comprometeria a tradição italiana de respeito aos direitos humanos e ao Estado de Direito.
STF reforça ações contra crimes políticos
A condenação de Zambelli reflete a linha adotada pelo Supremo Tribunal Federal de intensificar ações contra práticas que atentem contra o Estado Democrático de Direito. O caso reforça o movimento de endurecimento no combate a crimes políticos, ampliando o cerco contra autoridades condenadas.
perguntas e respostas
Bonelli pediu medidas urgentes para impedir o refúgio de Carla Zambelli na Itália.
Ela saiu do país após ser condenada pelo STF por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal.
Conceder asilo comprometeria a imagem da Itália e violaria princípios democráticos, segundo Bonelli.
