Bolsonaro no STF: O que revelou a tensa audiência sobre o caso golpe

O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou, durante audiência no Supremo Tribunal Federal (STF), que não queria estar presente no interrogatório sobre a investigação de suposta tentativa de golpe após as eleições de 2022. A declaração, feita em tom descontraído, contrastou com o clima tenso no tribunal, que ouviu também seu ex-ajudante, Mauro Cid, em um dia cheio de revelações.

O encontro entre Bolsonaro e Mauro Cid

Pela primeira vez desde que fechou um acordo de delação premiada, Mauro Cid e Bolsonaro se viram frente a frente no STF. O tenente-coronel negou que o ex-presidente tenha incentivado os atos de 8 de janeiro ou ordenado a dispersão de manifestantes pró-governo. Apesar da delação, Bolsonaro afirmou não ter “problemas” com Cid, mas evitou confrontá-lo publicamente. O depoimento do militar é crucial, pois pode confirmar ou descartar a participação direta do ex-presidente nos eventos investigados.

VIA – EBC

Os riscos políticos e jurídicos para Bolsonaro

O interrogatório faz parte de um processo que pode definir o futuro político de Bolsonaro. Se houver provas concretas de seu envolvimento, ele pode enfrentar condenações que o impeçam de concorrer a cargos públicos. O ex-presidente, no entanto, demonstrou tranquilidade durante a audiência. Sua estratégia parece ser a de minimizar as acusações, enquanto seus aliados no Congresso tentam desacreditar as investigações.

Impacto na opinião pública e no cenário político

O caso divide a opinião pública. Enquanto apoiadores de Bolsonaro veem o processo como perseguição política, críticos acreditam que a Justiça deve apurar responsabilidades. O desfecho pode influenciar as eleições municipais de 2026, já que o ex-presidente ainda é uma figura central no debate nacional. Além disso, o depoimento de outros réus, como Alexandre Ramagem e ex-ministros militares, pode trazer novas revelações nos próximos dias.

Perguntas e respostas

1. O acordo de Mauro Cid pode incriminar Bolsonaro?
Até agora, Cid não acusou diretamente o ex-presidente, mas sua colaboração pode trazer informações novas.

2. Bolsonaro pode ser preso?
Depende das provas apresentadas. Se houver condenação, ele pode perder direitos políticos, mas prisão só ocorreria em caso de crime inafiançável.

3. Como o caso afeta a política atual?
O processo mantém a polarização no país e pode influenciar futuras disputas eleitorais, dependendo do resultado.

O julgamento segue em andamento, e cada depoimento pode mudar o rumo das investigações. Enquanto isso, o Brasil aguarda para ver se a Justiça trará respostas definitivas sobre um dos casos mais polêmicos da recente história política.

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