Fabrício Werdum expõe danos cerebrais em ação judicial contra o UFC

Fabrício Werdum deu forte declaração sobre sua saúde

O ex-campeão peso-pesado do UFC, Fabrício Werdum, revelou detalhes preocupantes sobre as lesões cerebrais que sofreu ao longo de sua carreira como lutador. Em uma carta incluída no processo antitruste movido por vários lutadores contra o UFC, Werdum descreveu como as concussões e traumas sofridos nas lutas impactaram sua saúde. O processo, que começou em 2014, acusa o UFC de práticas monopolistas no mercado de lutadores de MMA, o que, segundo os lutadores, prejudicou suas oportunidades e condições de trabalho.

UFC propõe acordo bilionário, mas juiz rejeita

Inicialmente, o UFC ofereceu um acordo de US$ 375 milhões (aproximadamente R$ 2,1 bilhões) para encerrar o processo. Contudo, o juiz Richard Boulware considerou o valor insuficiente e rejeitou a proposta em julho de 2023. Como resultado, o caso segue para novas negociações, com o foco agora nos lutadores que competiram entre 2010 e 2017. Se não houver um novo acordo, o julgamento está marcado para fevereiro de 2025, o que pode prolongar ainda mais a batalha judicial.

Werdum relata os efeitos dos traumas

Em sua carta, Werdum detalhou os efeitos físicos e mentais das lesões sofridas durante sua carreira. Ele relatou múltiplas concussões e mencionou sintomas relacionados ao traumatismo cranioencefálico (TCE) e à encefalopatia traumática crônica (CTE), como irritabilidade, ansiedade, insônia e perda de memória. Além disso, ele revelou a existência de um cisto em seu cérebro, que é monitorado com exames semestrais, já que, até o momento, a cirurgia não é uma opção viável. Werdum afirmou que o acordo financeiro ofereceria um alívio significativo, permitindo que ele e outros lutadores pudessem cuidar de sua saúde e de suas famílias.

O processo antitruste contra o UFC

O processo antitruste, movido inicialmente por Cung Le e outros lutadores, acusa o UFC de eliminar a concorrência no mercado ao adquirir organizações rivais, como Pride e Strikeforce. Além disso, os lutadores alegam que a empresa usou contratos restritivos para manter seu monopólio. Documentos revelados ao longo do processo indicam que os danos potenciais poderiam variar entre US$ 894 milhões e US$ 1,6 bilhão. Portanto, o julgamento, marcado para 2025, pode ser decisivo, mas o UFC tenta fechar um novo acordo para evitar um desfecho desfavorável.

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