O ex-comandante da Marinha, Almir Garnier, foi questionado pelo ministro Alexandre de Moraes sobre o desfile de tanques na Esplanada dos Ministérios em 2021. O evento aconteceu no mesmo dia da votação da PEC do Voto Impresso, gerando interpretações de que poderia ser uma forma de pressão sobre o Congresso.
O contexto político do desfile
Naquele dia, enquanto parlamentares debatiam a proposta de voto impresso, veículos blindados da Marinha percorreram a região central de Brasília. A proximidade com o Congresso e o momento delicado da votação levantaram suspeitas sobre uma possível mensagem subliminar. Garnier afirmou que a ação fazia parte de uma estratégia de aproximação com a sociedade, sem qualquer objetivo político.
O viral da fumaça e os memes
O que mais chamou atenção, porém, foi a quantidade de fumaça expelida pelos tanques, que rapidamente virou motivo de piadas nas redes sociais. Internautas brincaram com a ideia de que os militares estariam “fumaceando” o Legislativo, em uma alusão à tentativa de influenciar a votação.
Os desdobramentos no supremo
O depoimento de Garnier integra as investigações do STF sobre eventuais ações de militares para interferir no processo democrático. As respostas do ex-comandante podem ajudar a esclarecer se o desfile foi apenas uma exibição técnica ou se tinha conotação política explícita, indicando possível envolvimento de autoridades em manobras antidemocráticas. Além disso, as declarações podem revelar conexões entre grupos militares e movimentos que ameaçam a estabilidade institucional, levantando questões sobre a neutralidade das Forças Armadas em momentos de crise política.
Perguntas e respostas
1. Por que o desfile aconteceu no dia da PEC?
Garnier diz que foi coincidência, mas críticos questionam o timing.
2. Qual foi o impacto do episódio?
Além dos memes, reforçou debates sobre o papel dos militares na política.
3. O que o STF quer descobrir?
Se houve articulação entre o governo e as Forças Armadas para pressionar o Congresso.