Justiça solta mulher acusada de integrar quadrilha que extorquiu R$ 2,2 milhões de empresário em Cuiabá

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Uma mulher investigada por participação em um esquema de extorsão sexual que movimentou mais de R$ 2,2 milhões teve a prisão preventiva revogada pela 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). Os desembargadores tomaram a decisão no dia 29 de abril e concederam o benefício a I.C.S., presa em março deste ano por suspeita de envolvimento em uma quadrilha com 26 integrantes.

Golpe começou em 2020 e durou três anos

Um empresário de 69 anos, que atua no ramo de maquinários agrícolas, denunciou à polícia uma quadrilha especializada em “sextorsão” — chantagens baseadas em conteúdos íntimos. A Delegacia de Repressão a Crimes Informáticos apurou que o grupo extorquiu o empresário entre junho de 2020 e setembro de 2023, usando ameaças constantes para arrancar um valor milionário. O inquérito documenta todas as informações sobre o esquema criminoso.

Acusada mora no RS e é mãe de dois investigados

De acordo com o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), I.C.S. sabia da atuação dos próprios filhos e do companheiro no esquema. Além disso, ela tinha o à conta bancária usada para movimentar os valores pagos pela vítima. Apesar disso, a defesa alegou que não há provas diretas da participação ativa da mulher e destacou seu perfil: aposentada, residente em Bento Gonçalves (RS), sem antecedentes criminais recentes.

O desembargador Marcos Machado, relator do processo, acatou os argumentos da defesa. Assim, decidiu substituir a prisão preventiva por medidas cautelares, levando em conta a situação pessoal da suspeita.

Medidas cautelares impostas pela Justiça

Com a decisão, a mulher responderá em liberdade, mas deverá seguir restrições: comparecer periodicamente ao fórum para justificar atividades. Bem como, comunicar qualquer mudança de endereço e manter distância dos demais investigados, com exceção dos filhos e do companheiro. O caso segue em andamento e envolve outros acusados que já foram denunciados pelo Ministério Público.


Perguntas e Respostas:

  1. Qual foi o valor total extorquido da vítima em Cuiabá?
    R$ 2,2 milhões ao longo de três anos.
  2. Quantas pessoas participavam do esquema criminoso?
    A quadrilha era formada por 26 integrantes.
  3. Por que a acusada teve a prisão revogada?
    A Justiça entendeu que ela pode responder em liberdade, pois não apresenta risco ao processo e possui residência fixa.
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