O presidente Luiz Inácio Lula da Silva concedeu, nesta quarta-feira (28), a Ordem de Rio Branco à advogada Eunice Paiva, em reconhecimento à sua trajetória de defesa dos direitos humanos durante o regime militar.
Reconhecimento tardio, mas emblemático
A concessão da honraria ocorre mais de cinco anos após a morte de Eunice, mas reflete uma estratégia do governo de reafirmar o compromisso com a democracia e os direitos humanos. Ao homenagear a viúva do ex-deputado Rubens Paiva, assassinado pelo regime, o Planalto envia um recado claro sobre a valorização da memória política brasileira.

Legado político e institucional
Formada em Letras e posteriormente em Direito, Eunice atuou em causas indígenas e em políticas públicas voltadas à justiça social. Trabalhou como consultora para o governo federal e organismos internacionais. Sua trajetória se entrelaça com a Comissão de Mortos e Desaparecidos, da qual fez parte, contribuindo para o reconhecimento de crimes da ditadura.
Impacto cultural e projeção internacional
A história de Eunice ganhou visibilidade internacional com o livro “Ainda Estou Aqui”, de seu filho Marcelo Rubens Paiva, adaptado para o cinema e vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. O impacto cultural dessa produção reforça a importância de preservar narrativas históricas no debate atual sobre justiça de transição.
Perguntas e respostas
Quem foi Eunice Paiva?
Uma advogada que lutou por justiça após o desaparecimento de seu marido na ditadura.
Por que ela foi homenageada?
Por sua atuação na defesa de direitos humanos e na memória política do país.
O que representa a Ordem de Rio Branco?
É uma das mais altas condecorações diplomáticas do Brasil, dada a figuras de relevância nacional e internacional.